quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Resenha: O Diário de Helga - Helga Weiss

Este livro foi escrito por Helga Weiss, publicado no Brasil pela editora Intrínseca e têm 238 páginas. Este é um relato emocionante de uma menina judia que sobreviveu aos campos de concentração da Segunda Guerra Mundial.
No começo do livro Helga tem apenas onze anos. Quando presencia algumas manifestações, sem bem entender. Não contarei muito sobre a história, pois sei que estragarei com os sentimentos de vocês. Mas, o livro relata basicamente como era a vida dela durante o período da guerra.
Bem, não sabemos se todos os fatos ali contidos são verdadeiros, ou se foram distorcidos pelo editor. Entretanto, a sua maioria é semelhante a ocorridos em outros lugares no mesmo tempo. Como por exemplo, as famosas câmaras de gás, os jejuns forçados e os maus-tratos dos alemães sobre os judeus.
Mas assim como todo livro de tragédias, “O Diário de Helga” também trás consigo partes tristes. Partes as quais fazem você pensar em tudo que tem e como se situa no mundo em que vive. Sim, este livro tem momentos tristes. E não, não é um livro melancólico. Trata-se apenas de anotações sobre uma das maiores tragédias do mundo.
O editor e Helga deixam claro que nem todos os fatos foram escritos no presente – escritos enquanto aconteciam -, e sim com passagens escritas após a guerra relatando o passado. Fato explicado na entrevista feita por Neil Bermel a Helga no final do livro.

Mudando um pouco de assunto, a arte na capa é magnífica. Não somente na capa, mas no conjunto. Ao ler você repara que este contem fotos e desenhos que representam e facilitam a percepção de alguns momentos da história. A maioria dos textos é curta, fazendo assim com que a leitura voe. Também “não há capítulos”, se deixa especificado no começo do livro como funcionará as passagens.
Concluindo, aqui a baixo estão algumas das milhares de marcações que eu fiz neste livro. Abraços.

“Na escola o clima era de tristeza. Os papos alegres e os risos despreocupados das crianças se transformaram em sussurros assustados. Grupos de meninas mergulhadas em conversas podiam ser vistos nos corredores e nas salas. Quando o sinal tocou, a gente foi para as salas. Não houve muita aula. Estávamos distraídos e ficamos aliviados quando o sinal tocou mais uma vez. Depois da aula, vários pais esperavam seus filhos. Minha mãe foi me buscar. A caminho de casa, vimos montes de carros e tanques alemães. O dia estava gelado; chovia, nevava, o vento uivava. Era como se a natureza protestasse.”
Página 30.


“Muitos - não certamente todos - estão chorando em silencio, mas nós não demonstramos nossas emoções. Para que dar esse prazer aos alemães? Jamais! Temos força pra nos controlar. Ou deveríamos nos envergonhar de nossa aparência? Das estrelas? Dos números? Não, não é culpa nossa, alguém se envergonhará por isto. O mundo é apenas um lugar estranho.”
Página 63.

“Minha mãe e eu passeamos ao longo dos vagões. Recebemos uma xícara de água para nos lavarmos. Estamos horríveis e sujas. Houve um dia em que nos lavamos em Triebschitz com 250 ml de café?”

Página 177.



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